Faz agora dois anos que foste embora. Foi nesta época em que devia ser de família, união e de amor, que me deste o maior desgosto que alguma vez alguém me podia ter dado. E logo tu. A pessoa mais importante para mim. Disseste que já não dava mais e partiste. Fizeste com que esta quadra perdesse todo o seu significado. Desde esse dia poucas foram as vezes que falámos, poucas foram as vezes que olhámos um para o outro, porque eu assim quis, eu sei. Mas foi mais forte que eu, a desilusão foi grande. Nunca vais perceber, nem tu nem ninguém.
Apenas eu...
Depois de quase dois anos, continuo a fingir que esse assunto já não me afecta, que já não sofro, que já não choro, que já não me incomoda falar de ti, que não sinto a tua falta. Não acredites. Mas tu partiste e eu continuei a viver, agora sem ti.
Sei que não vais ler o que aqui escrevo.
Ainda bem...
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 16:07
é sempre difícil lidar com questões que colocam em causa pessoas que amamos, pior ainda quando são os nossos pais, que deviam ser perfeitos e não são.... não sei o que se passou nem tenho o direito de vir para aqui dar opiniões que ninguém pediu, mas também já me desiludi muito e aprendi duas coisas: a por-me no lugar do outro e a não julgar. Desculpa se há pouco não entendi.... beijinhos... o natal continua a ser uma foleirada....
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 16:24
Não tens que pedir desculpa, eu também não o mencionei...(a não ser nas tags)!
É mais dificil quando vias nessa pessoa um exemplo...
Beijo
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 16:32
o meu pai viveu muitos anos uma vida dupla, eu convivi de perto, muito perto, com a "amante" dele, que trabalhava lá em casa. A minha família chegou a passar o natal com a família dela, consegues imaginar? o dia que a minha mãe disse basta, ele pegou numa pistola e disse que se matava. Tranquei-me num quarto com ele e consegui tirar-lha. Foi a segunda vez que pegou numa arma e ameaçou suicidar-se. Pensei muitas vezes em fazer isso, como fez o irmão da minha mãe, que eu não conheci, como fez o pai do meu namorado, quando ele tinha cinco anos. Hoje vivo com isso, mas sem pensar nisso. Sem julgar, sem culpar. As desilusões demoram muito tempo a curar mas temos de as aceitar como parte da fragilidade do ser humano, ser imperfeito.
ps: adoro o meu pai, apesar de tudo... prefiro tê-lo a não o ter de maneira nenhuma...
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 16:45
Admiro a tua coragem... Nao deve ter sido fácil.
Eu espero que o tempo cure a minha...
Beijo
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 16:56
não admires, tudo na vida passa, só a morte não tem solução...
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 17:00
Obrigada pelo teu ponto de vista!
Beju
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