Faz agora dois anos que foste embora. Foi nesta época em que devia ser de família, união e de amor, que me deste o maior desgosto que alguma vez alguém me podia ter dado. E logo tu. A pessoa mais importante para mim. Disseste que já não dava mais e partiste. Fizeste com que esta quadra perdesse todo o seu significado. Desde esse dia poucas foram as vezes que falámos, poucas foram as vezes que olhámos um para o outro, porque eu assim quis, eu sei. Mas foi mais forte que eu, a desilusão foi grande. Nunca vais perceber, nem tu nem ninguém.
Apenas eu...
Depois de quase dois anos, continuo a fingir que esse assunto já não me afecta, que já não sofro, que já não choro, que já não me incomoda falar de ti, que não sinto a tua falta. Não acredites. Mas tu partiste e eu continuei a viver, agora sem ti.
Sei que não vais ler o que aqui escrevo.
Ainda bem...
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 15:23
Há amores assim, difíceis de realizar...obrigam a muitas concessões, assentam em ilusões... a tua desilusão terá sido aquela de quem lhe cai a ficha e acorda para uma realidade que nunca quis encarar? ou é o orgulho que te afasta? seja o que for, não te negues a ser feliz, faz aquilo que sentes que te apetece, sem juízos de valor sobre ti própria. Não idealizar acaba por ser um bom método para não nos desiludirmos tanto... digo eu...mas quem está de fora racha lenha.... beijinho e não ligues ao natal, é uma seca, cheia de popotas e leopoldinas...
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 15:54
Eu acordei para uma realidade que não estava à espera e nunca pensei que me calhasse a mim. Pensava que só acontecia aos outros...estou a falar do meu pai e não de nenhuma desilusão amorosa.
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 16:07
é sempre difícil lidar com questões que colocam em causa pessoas que amamos, pior ainda quando são os nossos pais, que deviam ser perfeitos e não são.... não sei o que se passou nem tenho o direito de vir para aqui dar opiniões que ninguém pediu, mas também já me desiludi muito e aprendi duas coisas: a por-me no lugar do outro e a não julgar. Desculpa se há pouco não entendi.... beijinhos... o natal continua a ser uma foleirada....
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 16:24
Não tens que pedir desculpa, eu também não o mencionei...(a não ser nas tags)!
É mais dificil quando vias nessa pessoa um exemplo...
Beijo
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 16:32
o meu pai viveu muitos anos uma vida dupla, eu convivi de perto, muito perto, com a "amante" dele, que trabalhava lá em casa. A minha família chegou a passar o natal com a família dela, consegues imaginar? o dia que a minha mãe disse basta, ele pegou numa pistola e disse que se matava. Tranquei-me num quarto com ele e consegui tirar-lha. Foi a segunda vez que pegou numa arma e ameaçou suicidar-se. Pensei muitas vezes em fazer isso, como fez o irmão da minha mãe, que eu não conheci, como fez o pai do meu namorado, quando ele tinha cinco anos. Hoje vivo com isso, mas sem pensar nisso. Sem julgar, sem culpar. As desilusões demoram muito tempo a curar mas temos de as aceitar como parte da fragilidade do ser humano, ser imperfeito.
ps: adoro o meu pai, apesar de tudo... prefiro tê-lo a não o ter de maneira nenhuma...
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 16:45
Admiro a tua coragem... Nao deve ter sido fácil.
Eu espero que o tempo cure a minha...
Beijo
De
Lacra a 2 de Dezembro de 2009 às 16:56
não admires, tudo na vida passa, só a morte não tem solução...
De
Pinky a 2 de Dezembro de 2009 às 17:00
Obrigada pelo teu ponto de vista!
Beju
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